11 julho 2012

FOI PRECISAMENTE A 3 ANOS (11 DE JULHO DE 2009). NOSSO PRIMEIRO REBENTO




Mátria do Nguimba Ngola


Nas andanças pelas lides poéticas e literárias em Luanda cruzei-me com o Nguimba Ngola...e desde então a amizade foi crescendo na partilha de textos, opiniões e idas à noite de Poesia no Baía...nas conversas que o tempo nos vai deixando ter o Nguimba mostrou-me acima de tudo ter uma imensa fé em Deus. Fé essa que discutimos à medida que falávamos do livro Tchehunda Tcha Nzambi que pretendo publicar...é essa fé que lhe preenche os poros do corpo e lhe fazem transbordar inspiração divina que ele usa para escrever...e é nesse diálogo divino que ele originalmente cria Mátria...uma palavra poderosa que nos toca com a profundidade de uma mãe ou desta Angola.



Ao folhear Mátria apercebo-me que esta é dedicada às mulheres...mulheres, criança-mulher que vivem por amor, em desamor, lá em cima onde o dinheiro abunda, cá em baixo no pisotear da lama...Mátria é para quem tem estômago para todas as dimensões da realidade amorosa e do próprio quotidiano da Kianda. Mátria é pois ser mulher angolana na Angola Mãe.



Confesso que ao ler alguns poemas o meu estômago cedeu à pressão do nojo e da pobreza demente que Nguimba tão bem exprime em poemas como Ruas Miseráveis do Musseque, Tímpanos Feridos, Malefício do Vício ou Kumbu Sujo.



Nguimba transcreve em versos soltos um universo de mulheres comuns que percorrem as ruas da vida desta Angola Mãe. São elas mães, meninas, prostitutas, amantes, apaixonadas e errantes, angelicais e leoas, feras que se fazem valer num mundo de homens.



Em Mátria Nguimba foge ao imaginário poético e relata o sentimento real com a poesia de quem atentamente observa e vive o mundo dessas mulheres. Transcende a barreira do julgamento social para dar vida ao mundo da mulher angolana...



Lamento de Mãe

O que direi

O que farei

Se vendeste a obediência

Nas ruas do prazer imediato

...

se não te guardei no aconchego

da placenta e hoje me pintas no

quadro da demência com cores

...



E é sobre o sol escaldante e arrasador da nossa Kianda que Nguimba denuncia "Nas Labaredas da Incompreensão":

"Muloji a Kime

kine mo túbia"

Esvoaça a fumaça

denunciando o crime no coração do Cazenga"



Nas labaredas da incompreensão jingam as mulheres que num mundo masculino adcoicam o ar com a sua fragilidade e beleza majestal. São elas que retribuem o mal com o amor e que a todo o custo percorrem mundos ao mundo para transformar crianças em homens. São pois elas o universo angelical que Nguimba tão bem denomina de Mátria.



"E na dor da violência caseira
ergueste-te qual Leoa ferida

no entanto

no teu doce coração nasce o perdão

e jogas ao longe o abuo poderoso

...

OH Soberano Universal

abençoa esta doce alma que jaz na cama

do teu jardim pois ela será eternamente

meu doce jasmim"



A delicadeza perfurmada do jasmim contraporá sempre a violência perpetrada...mesmo nesta nossa Mátria tão perdida nas poeiras da Rua, a Vitória será Certa!





Bem Haja Nguimba Ngola

Saudações Literárias da Lueji Dharma

15 abril 2012

PAZ, LITERATURA & CULTURA


Nasci no interior do pais. Vivi a experiêcia dos horrores da guerra. Anelava o momento de um dia poder andar livremente nesta Angola imensa. É já realidade.

Todo o ser consciente desejará a paz em vez de a guerra pois ela, a guerra e, todas suas motivações devastam o tecido social e cultural de qualquer nação.

Mas o que é na verdade paz? Como a literatura pode promover a cultura da paz? Que ganhos para a cultura, arte e educação? São questões para levar-nos a reflexão e, o exercício desta abordagem será mera opinião.

Dentre várias acepções da palavra paz, este vasto conceito, quero reter a seguinte: ela é a liberdade sem guerras, é segurança pública, harmonia, concórdia, serenidade, reconciliação. Já cultura é uma das dimensões mais amplas e complexa para o entendimento. o Homem se humaniza produzindo seu mundo, gera sua marca cultural ou as diferentes manifestações culturais. O homem e´ intrinsecamente “homo cultaralis”. Podemos arriscar a ideia de cultura, por referir-se à literatura, cinema, arte, dança, música, entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente. Podemos olha-la ainda como o desenvolvimento, melhoria e refinamento da mente, emoções, interesses, maneiras e gostos, idéias, costumes e habilidades de um dado povo em um dado período.

Sendo assim, devemos buscar uma cultura de paz que se fundamenta na criação, mediação e transferência de valores, idéias, informação, e costumes. Uma cultura de paz encaramo-la como força tanto produtiva quanto reprodutiva que transmite padrões culturais do presente e do passado e uma influência educacional e criativa importante por meio de seu poder de inculcar novos valores, normas, atitudes, comportamentos e é ai que a literatura joga seu fundamental papel de promotora da cultura de paz.

Com a constituição da UEA em 1975, os escritores angolanos foram convocados a permanecerem na vanguarda, face às grandes tarefas de libertação e reconstrução nacional. Foi assim com os predecessores dos novos escritores na altura que, na sua época, exprimiram os anseios das camadas sociais mais vulneráveis, que mais sofreram a exploração do então regime colonial.

Hoje os escritores angolanos têem direccionado suas obras para a tomada de consciência da paz. Ricardo Riso, ao criticar a obra de Roderick Nehone escritor que se revelou nos anos 90 considera que a literatura angolana passou da “euforia comunista dos primeiros anos do país à grave crise que se espalhou nas décadas de 1980/90, motivada pela guerra civil”, realçando que “o fim do sangrento conflito no início deste século e a entrada desenfreada do capital estrangeiro, consequência da estabilidade política, Angola, mais precisamente Luanda, com suas peculiaridades e contradições, sempre foi um terreno fértil para os escritores”.

Todos nós somos hoje chamados a promover a cultura de paz, escritores, poetas, músicos, intelectuais, ativistas cívicos e o povo em geral. O Estado é o maior responsável na viabilização da cultura de paz. O executivo angolano deverá empenhar-se cada vez mais na criação de escolas pois, um pais com a educação em dia ganha maior consciência de paz. No âmbito da formação artística e cultural, dever-se-ão garantir maiores apoios e a criação de infra-estruturas apropriadas para a promoção da cultura como, bibliotecas comunitarias, salas de teatro e apetrechamento de museus bem como a preservação dos lugares e sítios.

É deveras a paz que o povo chama. É graças a paz que tenho a liberdade de me expressar diante dessa “malta” vibrante que dinamiza a cultura.

Viva a paz e a cultura.

Mulemba waxa Ngola, 07 de Abril de 2012.

29 janeiro 2012

A poesia sorridente de Kiocamba Cassua

Eis o Kiocamba nosso kamba das lides poéticas nas noites levarteanas comunicando com sorrisos nos lábios o seu ser. Adilson do Kassequel, ou melhor Kiocamba Cassua, neto da avó Marcela Kiocamba convoca-nos hoje para sorrirmos juntos, para homenagearmos o seu primeiro rebento poético, afinal é só sorrirmos para nascer poesia.
O poeta foi ao “balaio das palavras e da mistura foi retirando uma a uma com cuidado, escolhendo as mais belas, as mais simples, aquelas que são fáceis de ser percebidas” e trazer-nos ao banquete poesia sorridente, seguindo o conselho da professora Gabriela Antunes que em memória ainda nos fala.
“Outros Sorrisos nos Nossos Lábios” está arrumado em 3 narrações. Sim isto mesmo narrativas, pois o poeta oferece-nos 50 textos poéticos como um conjunto de relatos temáticos em que personagens, espaço e tempo são a caracterização do social, onde encontramos angústias contemporâneas e anseios comuns. Na I narrativa, encontraremos vários sorrisos mas que, segundo Dalai Lama, conforme citado pelo autor “se quisermos mais sorrisos na vida, devemos criar condições para que eles apareçam”. Na II narração “os sorrisos são simplesmente cânticos de tristeza e os choros as originais melodias de óbito”. Na III e última narração “sorriram os sofrimentos/como se fossem alegrias. Só há silêncio e solidão à volta do poeta. É tudo? Não caros leitores, a obra em leitura afigura-se-nos vasta em temática pelo que acertadamente Penelas Santana descobre “que o autor almeja cantar e encantar com sorrisos diversos... desde a melancólica à doce, desde a vida à morte, desde a guerra à paz, desde o passado ao presente e até ao futuro... esperança viva!”
Relativamente a forma, os versos de Kiocamba são livres pois o modernismo poético permite esquemas métricos sem esquema fixo, para permitir a livre criação ao poeta o que não deve afugentar o apreciador de sonetos, dos tercectos e quadras e ou o amigo que só vê poesia com rimas. Kiocamba diz “... cá estou escrevendo poesia sem regra/ pensando em ti”. Mas veremos certamente alguns elementos desta natureza mais adiante. Antes de mergulhar nos “sorrisos mundiais” e coloridos de Kiocamba, permitam-me convidar algumas mentes que se dedicam a reflexão e subsidiaram pensamentos sobre o sorriso.
Bergson o filosófo, escreveu: “O riso é algo que irrompe num estrondo e vai retumbando como o trovão na montanha, num eco que, no entanto, não chega ao infinito”. O sorriso, pelo contrário é silencioso como chuva mansa que cai e fertiliza a terra ou como brisa suave que acaricia e refresca o rosto. Enquanto o riso é extroversão, o sorriso desvenda delicadamente o interior de quem sorri.
O poder do sorriso é grande, e saber sorrir é algo de muito importante. Antoine de Saint-Exupéry diz: “No momento em que sorrimos para alguém, descobrimo-lo como pessoa, e a resposta do seu sorriso quer dizer que nós também somos pessoa para ele”.
Podemos acrescentar que o sorriso é um dos sinais de comunicação com um sentido universal: ele expressa alegria, felicidade, afeição, gentileza. O sorriso traduz, geralmente, um estado de alma; é um convite a entrar na intimidade de alguém, a participar do que lhe vai no íntimo. O homem, dotado de inteligência e vontade, pode sorrir quando tudo corre bem ou sorrir mesmo quando as coisas correm mal, dai que lemos na Bíblia, “mesmo no riso o coração sente dor”.
Kiocamba, como quase todo o poeta angolano tem grande estima por Agostinho Neto e na sua poesia podemos notar alguma intertextualidade com o “poeta maior”. Não é por nada que mesmo antes das dedicatórias encontramos Neto. Ocorre-me agora o poema em Sagrada Esperança “Não me peças sorrisos... nem sorrisos nem glórias” apenas “num novo catálogo” “terei para ti/ os sorrisos que me pedes”. Porquê? Porque os sorrisos são ainda “escuros” diz o sujeito poético de Kiocamba e, estão no além. “Os sorrisos encostados nos tambores... os sorrisos plantados em terras que germinam ferros/ sorrisos ingratos... sorrisos das crianças chamadas culpadas/erguendo taças de feiticeiras inocentes/ aí buscarei os sorrisos inocentes”.pg 20,21
Chocamo-nos recentemente com este fenómeno aqui na nossa Mátria angolana, crianças acusadas de feitiçaria o que levantou diversas reacções da sociedade. As acusações de feitiçaria têm sido descritas, tanto por mais velhos e líderes das igrejas bem como pelo governo e ONGs, como resultado da desestruturação familiar ocasionada pela guerra e pela crise econômica e social. A grande maioria das crianças acusadas são órfãs de um dos pais ou ambos, ou filhos de pais separados, sendo acolhidas por parentes como tios ou avós, ou vivem com padrastos ou madrastas que muito frequentemente são os responsáveis pelas acusações. Elas carregam “sorriso incerto”, o poeta que dá voz aos sem voz escreve: “Sou criança anestesiada/nunca sorri sorrisos/sorri apenas ventos espalhados à tempestade...”
Os parentes das crianças não conseguem sorrir para elas, antes maltratam-nos. Só o poeta buscará “todos os sorrisos/ para unificar com os cânticos da... alma” e “amanhã... dar-te-ei um amanhã branco e risonho” diz o poeta e devemos imita-lo.
As “Zuzu” cansadas mulheres vendendo ao sol no espaço luandense, são as outras personagens que merecem nossos sorrisos de modo a ganharem alento para a vida. Quem sou eu? perguntarão elas e, o poeta dirá que “sou o nada vestido de nada” Leia-se o poema na pg 34.
“Perguntem às letras/ qual é o sentido da história/num olhar sereno/ uma decisão bruta na interrogação/ do orvalho matinal”. pg 25
A resposta virá do poeta que escreverá “um poema grosso” “um poema/tímido ou talvez sem expressão física/ onde os gemidos e os lamentos/ os cantares e as melancolias/ as incertezas e os passos brancos/farão parte das letras...” pg 29.
Prossigamos, pois ainda há “outros sorrisos nos nossos lábios” que o poeta pretende partilhar, ou melhor, narrar.
Somos agora convidados a saudar África que se despede dos sofrimentos passados:
“... Adeus África ontem/ então em altos brados gritemos/ saudemos África com cantos alegres/ ... saudemos África com sorrisos alegres/... sorri África conglomerada/ restitui a graça/ a mãe negra que canta/ África, África florida que encanta pg 46-49.
Este é o anseio do poeta que almeja a paz e justiça pois na realidade o poeta constata “em ti... terras vejo crianças sem rosto/comendo sorrisos de um soldado qualquer” nas “terras áridas do mal” Nesta hora o poeta convida-nos a “dançar rítmos selvagens/ ao som do batuque africano/ com mulalas à volta da cintura/... vem sorrir/ sorrisos expirados”. Devemos aceitar o convite para partilhar com o poeta que já cansado de ver tanta dor e angústia e não quer mais “cantar melodias estranhas/ para alegrar os estômagos dos famintos”. Estamos acompanhando as notícias, na Nigéria, na Somália etc. Só o “Grandioso” para ajudar e a Ele juntamente com o poeta buscaremos Alegrias, explicação, certeza e perfume para perfumar nossos dias sofridos, nossos dias de ilusões sufocadas. Pg 54, 55, 57
O poeta ama as mulheres e nelas vive pensando, até na “... mulher violada/ nos becos escuros... mulher que se prostitui/ para afugentar a miséria/... mulher que anuncia Cristo Salvador/... mulher que educa/ o analfabeto na sanzala/ penso em ti, com sorrisos nos lábios... penso em ti/ mulher de ancas malandras/ que seduz até o cego” (ver pg 66). Elas, são fonte de inspiração do poeta e Março o mês a elas dedicado e, neste mês “sorrisos largos no rosto da mulher/seus olhos são capazes de chorar/ a alegria verdejante do horizonte branco” pois “assim já é Março e as “zuzus” podem desfilar na calçada, pg75.
O poeta liricamente canta para a princesa cujo “cheiro do teu corpo embrulha o perfume/ das rosas e a chuva utópica que cai sobre os teus cabelos”. A música romântica e carinhosa dedica-se ainda a mulheres cujos nomes são-nos revelados como, Amélia da Lomba, Evandra dos Santos, a Ema Bica mulher dos olhos negros a quem o poeta “queria oferecer uma caixinha de sorrisos/ azuis brancos outros sem cores/ ouvir a sinfonia brotada dos ... lábios lisos” A elas o poeta pede carinhoso “declama um poema para mim meu amor” e Amélia acede ao pedido com o “som da sua voz meiga” “sobre o Sacrosssanto dos Refúgios e em Espigas do Sahel”. As mulheres, lindas elas, fisgam-nos mesmo no “primeiro olhar” “beleza esculpida/ moldagem esculpida do alto/ um só olhar/ um só gesto/ uma só palavra/ e no fundo do pensamento surge a interrrogação/ (?) do céu ou do ventre”. pg 88
...
Como dissemos inicialmente, encontramos elementos estéticos e efeitos estilísticos na poesia do Kiocamba que serve-se da palavra como o material para construir um objecto artístico. De tal modo ele desvia-se da norma padrão nos diversos níveis, isto é, no semântico, no fónico e no sintâctico. Isto garante musicalidade aos poemas, são efeitos extraídos da relação extrutural das palavras. Efeitos de semelhança, efeitos de insistência ou atenuação que tendem para o aumento de intensidade da expressão ou atenuando-a, encontramos ainda figuras que marcam uma sugestão de oposição resultando em efeitos de dissociação. Eis alguns exemplos:
Amanhã escreverei um poema
que possibilite viver
que facilite sofrer ou talvez sucumbir
ou talvez um poema triste
que me permita sorrir... pg 28
Notamos o paradoxo, poema triste que permita sorrir. Encontramos a assonância e a anáfora: “ ... do mais ideal/ do mais belo/ do mais rídiculo/ do mais certo” pg 26, “... na vitalidade dos jovens/ na ambição severa dos tigres/ na esperança vermelha/ na riqueza dos abutres” pg 53, “...um só olhar/ um só gesto/ uma só palavra” pg88. A aliteração “...suturam o pensamento ensaiado...” pg 75.
Apóstrofe ou Invocação “oh!/ intransigente violino” pg 38, “... Oh meu Senhor” pg 54. Paralelismo ou simetria:
“mulher que se prostitui
para afugentar a miséria
mulher que trabalha o sexo
para movimentar a boca” pg 66.

Personificação “...panelas gritam no além do mar” pg87. O poema da página 60 exemplo de interrogação e ainda a metáfora de simples descodificação “Será que o ponto mais alto da beleza feminina/ é a fonte escondida dos países baixos/ revestidos de relvas pretas...” As rimas, apesar de em número reduzido, estão lá na pg 40 lemos “...vai caminhando com os sentimentais/ teus amigos ideiais...”, na pg 43 “...não há carnaval sem cores/ (?) que sorrisos largos são esses/ no rosto da mulher com dores?” Na pg 43, “... o vermelho que se esqueça/ o vermelho que padeça” Na pg 76 e sintam o rítmo “... Pensamentos celestiais conclamam amargura/ que mergulha no desastre da queimadura...”
Eis a poesia sorridente de Kiocamba e concluímos dizendo que sorrir é o atestado de excelência que a alma concede ao momento, aos encontros que a vida nos proporciona e à própria vida. Venham dái outros sorrisos poéticos meu kamba.
Boa leitura (a vossa) estimados.

Nguimba Ngola
Na Mulemba waxa Ngola aos 16 de Janeiro de 2012, 02h31am

Referências:
1. - Crianças feiticeiras: reconfigurando família, igrejas e estado no pós-guerra angolano, por Luena Nunes Pereira. Alojado em http://www.scielo.br/scielo.php, consultado dia 15 de Janeiro as 23h40.
2. Outros Sorrisos nos Nossos Lábios – Kiocamba Cassua, Lev´Arte, Novembro 2011
3. Sagrada Esperança – Agostinho Neto, UEA 10 ed.
4. No amanhcer da Curva – Kudijimbe , UEA, 2003
5. http://educacao.aaldeia.net/importancia-sorriso/, Consultao aos 15 de Janeiro de 2012, 22 horas
6. http://www.cerebromente.org.br/n15/mente/sorriso1a.html, Consultado aos 15 de Janeiro de 2012, 23h30.