03 outubro 2006

Pincel sinfónico da mente






Meu ser errante navega pensante
no onírico silencioso da noite
e marcas do real desafiam nas nuvens tortuosas
do subconsciente amarrotado e
quadros plásticos a preto e branco
pintam o dilema do povo que clama o pão do amor

Anseio pinceladas a óleo no cinzel da paz
desmistificando o ópaco da mente
ciente de um amanhã contente
esquecido da nebulosidade do real

Na teimosa utopia da alma
o povo canta sinfonias do bem estar
saboreando quitabas alegres
debaixo da mulembeira e da mafumeira

Dançam o semba da vida na in transparência
do céu...
oh céu, que teimas em acordar-me do meu mundo verde
porquê te alegras com o meu sofrer?
se o “o mais importante é resolver os problemas do povo” ?

Deixa o pincel sinfónico pintar o branco do amanhã
com o cinzel onírico da paz
que me apraz.