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23 novembro 2010
Consulado do Vazio - Poesia de Gociante Patissa
Não se fez manhã ainda
Sou mais um
um mais apenas
entre milhares de anónimas penas
Pinto nestas linhas de poema desarmado
um marco de respeito pelas ideias
que morreram no peito
sem terem subido à boca
ou descido às mãos
ou beijado montras
Àqueles cuja imaginação e sonhos
se tornaram predilectos rivais
empresto uma certeza
com o calibre das outras e algo mais
não se fez manhã ainda
e não há obstáculo cricial
quando vai o coração aos pedais
Contemplação
Contemplei a equação da calema
um tanto brava
e ao mesmo tempo de toques ternos
afaguei as águas que no vai-e-vem
talvez química biologia - não sei
conservam o eterno frio sob azul
Li em cada movimento um verso
descontraído ajoelhado
como se a rezar o terço
mas a vida não é como mar
tem escala relógio e bumbar
o dever não quis esperar
e tive de zarpar
in Consulado do Vazio - KAT, Benguela 2008.
Gociante Patissa - Natural de Benguela é fundador da Associação Juvenil para a Solidariedade (AJS), estudante de Linguística no ISCED de Benguela.
Escreveu também:
A última Ouvinte, UEA 2010. Contos
O blog do poeta:
http://angodebates.blogspot.com/
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2 comentários:
Meu caro NguimbaNgola, só posso uma vez mais estar contente pela promoção que faz ao meu trabalho.
Como disse noutro meio, é preciso ser grande por dentro para enaltecer obras de outrem.
Um abraço
É sempre bom beber de fontes além mar.
Parabéns.
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