18 agosto 2006

Nas asas das éguas

A dor deitou-se na cama do vício
sequelas de longíquas boemias
sob o manto de cacimbo das gemeas
gazelas calejadas no ofício

O vício cravou-lhe o ânus
poisou em muitas águas
cavalgando nas asas das éguas
sangrou a raiz do prazer dos anos

Os ossos despiram-se da carne
sangrou tinta do pénis boemio
pseudokambas evaporaram do gremio

A carne secou de dor
madeira verniz afundou na cova nova
no inconsequente caminho do cu que leva a cova



Casa da mamoite do coqueiro, 16/08/2006

Sem comentários: